No dia 18 de Maio, dia Internacional dos Museus, o Município de Lisboa organizou "Uma Noite no Castelo", com uma sessão de poesia onde foram apresentadas e declamadas "33 Moaxahas a Lisboa", uma construção poética das árábias, muito singular, deixada por Alandaluz.
Participei com uma "Moaxaha", que publico aqui e que faz parte do caderninho bonito, organizado por Ernesto Matos com as "33 Moaxahas a Lisboa".
Lisboa é muito
mais que uma canção
Ou um fado que
nos toca o coração
É
uma mulher com ar de menina
Cuja
beleza não só nos ilumina
Como
se expande de colina em colina.
Lisboa nunca
dorme nem sofre de solidão
Pois abraça a
noite e o dia com a mesma paixão
E
como ela gosta de respirar livremente
De
dizer que é sua e de toda a gente
Que
a percorre apaixonadamente,
Sem se desviar
da palma da sua mão
E que sente um
bater mais forte no coração.
“Ninguém
poderá conhecer uma cidade se não a souber
interrogar,
interrogando-se a si mesmo.”
(José Cardoso Pires, in
“Lisboa Livro de Bordo”)