Dos poemas que escrevi ao Romeu Correia, deste caderninho, este é dos que mais gosto:
os
passeios mágicos
há tanto por contar
nem sei como hei-de começar
quando viajo dentro do passado
recordo algumas coisas que
descobri
quando caminhava a teu lado
e percorria os lugares
que trazias dentro de ti
era como se viajássemos de
barca
pelo leito do rio da memória
fixando o olhar nas margens
e apontando o dedo
aos imensos casarios com
história
sorrio e continuo a sentir
que o melhor das nossas viagens
era quando te tornavas teatral
e pintavas as pessoas como
personagens
oferecendo-lhes um brilho
especial
há tanto por contar
nem sei como hei-de começar
Luís
[Alves] Milheiro