domingo, 26 de maio de 2013

33 Moaxahas a Lisboa


No dia 18 de Maio, dia Internacional dos Museus, o Município de Lisboa organizou "Uma Noite no Castelo", com uma sessão de poesia onde foram apresentadas e declamadas "33 Moaxahas a Lisboa", uma construção poética das árábias, muito singular, deixada por Alandaluz.

Participei com uma "Moaxaha", que publico aqui e que faz parte do caderninho bonito, organizado por Ernesto Matos com as "33 Moaxahas a Lisboa".


Lisboa é muito mais que uma canção
Ou um fado que nos toca o coração

É uma mulher com ar de menina
Cuja beleza não só nos ilumina
Como se expande de colina em colina.
Lisboa nunca dorme nem sofre de solidão
Pois abraça a noite e o dia com a mesma paixão

E como ela gosta de respirar livremente
De dizer que é sua e de toda a gente
Que a percorre apaixonadamente,
Sem se desviar da palma da sua mão
E que sente um bater mais forte no coração.


“Ninguém poderá conhecer uma cidade se não a souber
interrogar, interrogando-se a si mesmo.”

                        (José Cardoso Pires, in “Lisboa Livro de Bordo”)