quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Um Presente Inesperado


Penso que ainda não falei por aqui do Conto de Natal que escrevi em 2010 e  intitulei, "Um Presente Inesperado". 

Trata-se uma história muito actual (na dificuldade dos jovens em arranjar um primeiro emprego...), que retratava o drama de um jovem, que pensava partir para o exterior, já que o trabalho era um bem cada vez mais escasso no seu país, graças a um capitalismo cada vez mais selvagem.

O seu encontro fortuito com um empresário antigo numa montra lisboeta, fez com que este oferecesse o melhor dos presentes ao recém-licenciado: um emprego...

domingo, 25 de outubro de 2015

Ainda António Henriques


Um dos textos mais preciosos da biografia que escrevi com o meu amigo Carlos Guilherme, sobre o seu pai, António Henriques, é um conto que agora resolvi transformar num pequeno caderno, para que não passe tão despercebido como tem passado até aos nossos dias.

Escrevi o seguinte no primeiro parágrafo da pequena nota de abertura: «Este conto biográfico escrito por António Henriques é uma das coisas mais significativas que ele escreveu (pelo menos se o olharmos numa perspectiva mais intimista e pessoal...), porque nos oferece, quase de mão beijada, a história do seu amor pela Incrível Almadense e pela Música.»

E é mesmo isso, uma história de amor que se tornou eterna...

sábado, 17 de outubro de 2015

Teatro para o António


Durante as comemorações do Centenário de António Henriques estava previsto um espectáculo de música, poesia e teatro, em sua homenagem, que acabou por ser cancelado.

Entre outras coisas tinha escrito dois quadros de teatro, inspirados na sua vida. "A 1812 de Tchaikovski (ou o  "Cão Tchaikovski")" e "O Caçador de Tesouros da Incrível", que deveriam ser encenados pelo Cénico Incrível Almadense.

Apesar das peças não terem sido representadas foi feito um caderno com os textos dramáticos, para memória futura.

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Uma Evocação Especial


Maria Barroso foi a prefaciadora de um livro coordenado pelo meu amigo Carlos Garrido, com "25 Olhares de Abril" (inclusive o meu...).

Transcrevo algumas das palavras, que de alguma forma a definem, como mulher culta e sensível. 

«Não queria destacar aqui nenhum dos autores - alguns nomes conhecidos pela sua projecção no sector da cultura sobretudo - para não minimizar os que o não são. E seria desastrado e injusto fazê-lo, porque todos eles nos transmitem, de uma maneira mais ou menos rica e sugestiva, os sentimentos e grande emoção que inundaram os nossos corações de portugueses amantes de sua pátria, ávidos que estavam de liberdade, sonhadores  de há muito com um Portugal democrático, onde os Direitos Humanos fossem respeitados e vividos.»

terça-feira, 16 de junho de 2015

O Meu Novo Livro


No próximo sábado será apresentado o meu último livro, escrito com o meu amigo Carlos Guilherme.

Trata-se de uma biografia de um grande associativista almadense, António Henriques, no ano em que se comemora o seu centenário.

Também lhe dediquei um poema:

António, Um Homem Incrível
  
António, olho para ti como a Alma Incrível
O Homem que fez com que tudo seja possível.

O músico da banda do brilho e glória
O dirigente da excelsa memória
A voz exaltante da nossa história.
O melhor exemplo desta paixão
Que nos enche e irradia o coração
E faz com que nunca digamos, não,
À nossa Incrível, casa de fraternidade
Farta em rostos que irradiam amizade
E onde sempre se respirou liberdade.

António estás sempre presente na Incrível
És o único que permanece insubstituível.

Luís Milheiro

sábado, 25 de abril de 2015

Abril Sonhos Mil


Um poema de Abril do caderno de poemas, "Abril Sonhos Mil", que publiquei em 2005. 

Abril Depois de Abril

Abril é um poema sem idade
Que invade o sonho dos poetas
E lhes lembra a Praça da Liberdade
Que encontraram de portas abertas

E percorreram de mãos dadas
No meio da multidão
Abraçaram as Forças Armadas
Deram vivas à Revolução

Saudaram os capitães-coragem
Erguendo um cravo encarnado
E gritaram de punho fechado
Já chega de malandragem!

Luís Milheiro 

sábado, 21 de março de 2015

A SCALA na 5ª Festa da Poesia de Almada


O poema da minha autoria que faz parte do caderno, "A SCALA Festeja o Dia Mundial da Poesia na 5 ª Festa da Poesia de Almada" :

NOITE DE CINEMA

Durante anos fiz aquele caminho solitário,
raramente me cruzava com quem quer que fosse.
Como gostava de andar dentro da noite,
percorria caminhos secretos
dizia olá aos candeeiros
e sonhava de olhos abertos.

Por falar em sonhos, lembro-me,
que queria muito fazer um filme nocturno...
com uma mulher como tu
e também com bandidos,
mas daqueles que apenas
usam armas de plástico, quase fingidos.

Às vezes penso em ti,
talvez por não saber em que Cidade habitas,
que ruas percorres, em que língua sonhas.
Uma vez imaginei-te em Ipanema
a caminhar solta pelas ruas
atrás da noite e do cinema.

Luís Milheiro

domingo, 8 de março de 2015

8 de março, 8 poemas


Este foi o meu poema publicado no caderno "8 de março, 8 poemas", distribuído hoje, durante o Recital de Poesia de Homenagem à Mulher, que decorreu durante a tarde na Oficina de Cultura de Almada, organizado pela SCALA:

O Teu Olhar

quando te olho nos olhos,
sinto uma ternura diferente, única.

é tão bom perceber
que pouco mudou,
com o tempo.

o amor, a amizade, a paixão, o desejo,
continuam vivos e quase que se confundem…

os cabelos mais ralos e com fios brancos,
o corpo mais descaído e pesado,
não mudaram o brilho dos teus olhos
nem a ternura que partilhamos
dia sim, dia sim…

                           Luís Milheiro

(O poema foi musicado e cantado hoje por Francisco Naia)

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Abraço Fotográfico e Poético


Através da SCALA e dos seus fotografos e poetas organizei a 1ª Exposição de Poesia Ilustrada no Espaço "Doces da Mimi", em Almada.

Além de ter participado com algumas fotografias, também escrevi um poema (que ilustrou uma fotografia de Clara Mestre):

A Mãe Natureza
               
Quando ouvi o chamamento
Da encantatória mãe natureza
Não resisti e fui atrás da sua beleza,
Quase levado pelo vento

Daí a nada
Apeteceu-me gritar de felicidade
Mas fiquei ali em silêncio
Numa manobra de bom senso
A ver os peixes nadarem em liberdade

Pouco depois
O silêncio foi quebrado
Por um bando de pardais chilreantes
Com almas livres e errantes
Que voavam por todo o lado

Fizeram-me perder a vontade de nadar.
Afinal o que eu queria mesmo era voar
No meio da natureza
Onde é tão fácil descobrir a beleza.

domingo, 11 de janeiro de 2015

O "Ginjal 1940, Poemas Dois"

   

Apresentei ontem este pequeno caderno de poemas, "Ginjal 1940, poemas dois", onde falo de lugares, de profissões e de pessoas, claro, quem existiam em Cacilhas e no Ginjal nos anos 1940.  

Escolhi o poema em que homenageio os Bombeiros de Cacilhas, para a "Minha Carroça":                                                 
soldados da paz e do amor

Quando passo rente ao quartel
olho para os carros e paro,
fecho os olhos e finjo escutar
as sirenes que me arrepiam a pele
quando há fogos para apagar.

Apetece-me entrar
E agradecer aos bombeiros
pela sua valentia
nas guerras de paz e amor,
pela sua enorme vontade de ajudar
quem se debate com o horror,
no meio da aflicção e da perda
e só se liberta a gritar.

Quando passo rente ao quartel
volto a sentir-me rapaz
a usar um capacete de papel
e a sonhar ser um dia
Soldado da Paz.