
Das várias histórias que rodearam este meu primeiro livro (e logo um romance...), há duas que retenho (e provavelmente vou reter pela vida fora...).
A primeira foi um desabafo de um amigo, pouco ligado aos livros e às letras, que me confessou que o meu livro foi o primeiro que leu sem imagens. E ainda por cima acrescentou que tinha gostado. Senti-me tão reconfortado...
A segunda passou-se num lugar completamente improvável, o Hospital Miguel Bombarda. E foi-me contada por um amigo insuspeito, que tem um filho esquizofrénico, que de vez em vez deixa de tomar medicamentos e torna-se de tal forma violento, que tem de ser internado compulsivamente, para grande dor deste pai.
Numa das visitas começou a falar de livros com um companheiro do filho, que às tantas começou a falar do meu livro, que tinha lido e que tinha gostado muito, com todos os pormenores da história. A única coisa que falhou foi o meu nome, em vez de Luís, chamou-me José Milheiro...
Claro que também fiquei feliz por o meu primeiro romance ser tema de conversa num lugar onde a loucura era uma coisa normal...