quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Ginjal 1940


E um pequeno caderno com apenas 14 poemas, todos eles com dedicatória, de gente ligada de alguma forma ao Ginjal, a Cacilhas e a mim próprio.

Haverá também um segundo caderno (poemas dois), sobre lugares...

Deixo aqui o primeiro poema:

                                       (ao Guilherme Coração)

preso ao fado e ao ginjal

Enquanto ela canta o fado
tu esperas, preso a um cigarro apagado.

Não sabes o que te prende ao Ginjal
mas não ficas à espera de qualquer sinal
que te diga muito mais que o essencial.
De dia andas para trás e para a frente
quase quase ao sabor da corrente
como se tudo te fosse indiferente.

De noite ganhas vida no meio da escuridão,
com as letras que escreves com o coração
e que ouves cantar com tanta paixão.
Sabes que tudo aquilo existe
Ainda que possa parecer triste,
são as palavras de quem não desiste.

A bela cantadeira continua a cantar o fado
E tu permaneces preso a um cigarro apagado.

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