segunda-feira, 9 de maio de 2011

Um Café com Sabor Diferente


Em 2004 publiquei o livro de contos, "Um Café com Sabor Diferente - estórias de pessoas e lugares de Almada", numa edição da SCALA.


Surgiu a oportunidade de juntar muitas das estórias que fui escrevendo desde 1995 - ano da publicação do meu primeiro livro - até ao começo do milénio e eu aproveitei.

Dividi o livro em duas partes: "As Pessoas" e "Os Lugares", cada uma delas com treze histórias.

São tudo ficções, puras e impuras, fruto da minha vivência, do meu olhar solto pelas ruas, e claro, do convívio com gente amante das singularidades, a quem fui oferecendo lugares especiais nas várias estórias que fui escrevendo.

Fernando Barão escreveu no prefácio, entre outras coisas: «Este "Café com Sabor Diferente" é um rol de pequenas histórias que nos fazem lembrar o cliente que pede um café, acompanhado de adoçante, para não ter de aplicar um açúcar que adoça em demasiado para que o café fique mais genuíno, mais apetecível, mais real...»

7 comentários:

Anônimo disse...

E não há mais um cheirinho sobre as "estórias"? Nem que seja apenas um parágrafo?

Amália

redonda disse...

Cheguei a casa e já tinha os dois livros à minha espera :) e com autógrafos e tudo, o que tornou o final do dia muito especial :) Obrigada :)
Depois de ler, volto para comentar de novo.
um beijinho
Gábi

Rosa dos Ventos disse...

Vim directamente da Redonda para aqui...
Desconhecia este teu novo espaço!
Parabéns

Abraço

Graça Pires disse...

Já comecei a ler e só posso dizer que estou a gostar imenso.
Um beijo, Luís.

allmylife disse...

Belo blog..me interessei pelo livro..vou atrás por aqui =)

Graça Pires disse...

Olá Luís! Acabei de ler o teu livro com imenso gosto. Primeiro porque tenho um gosto especial por contos. Depois porque usas uma linguagem estética para falar do país real (neste livro centrado em Almada) de forma comovente e muito humana. Porque tu sabes que existem "roteitos da vida que se dividem por paixões pessoas e lugares". Apesar de teres dividido o livro em duas partes "Pessoas" e "Lugares" acho que os lugares e as pessoas se confundem e completam. Há neste livro memórias da infância, dos amigos, dos amores adolescentes. Há referências históricas, literárias, do cinema, da pintura. Há excelentes descrições de paisagens. Há o passado e o presente misturados, envolvidos numa realidade que ora se desejou, ora foi concretizada. "O tempo leva tudo, só segura os bons momentos". Dizes bem. Algumas histórias prenderam mais a minha emoção. "Em cada rosto um alentejano": ouvi as vozes dos cantadores das Minas de São Domingos e também eu me senti alentejana. Gostei muito de "O efeito de Arquimedes", muito bem contado e a lembrar-me que houve jogadores assim, que jogavam bem só por amor ao desporto... Tocou-me muito "O Leão do Mar". Gostei do Valdemar "cujas emoções à flor da pele se confundiam com as ondas do mar [...] que continuam a bater próximo do seu coração". "A carroça dos poetas, onde falas do Alentejo e do seu povo e do homem (a quem chamavam louco) que dizia a fala dos poetas em cima de uma carroça é um belíssimo conto. "O homem e o bordel clandestino" é uma história envolvente dos tempos da clandestinidade política. Consegui partilhar com Rafael o abraço emocionado de Isaura e todas as suas razões. No "Passeio de mão dada com o Tejo e o Ginjal" encontrei o pai e o filho mutuamente se inquirindo, mutuamente se amando.
Este teu livro, Luís, é um livro muito belo que nos questiona também e que nos deixa com a mesma sensação do tio Vasco do "Bairro do Amor": "somos todos uns desastrados a lidar com a vida"...
Obrigada por me proporcionares estes momentos de boa leitura em que pude recordar lugares antigos e conhecer pessoas a quem deste uma vida real nesta tua ficção. (Ou não?)
Um grande beijo.

Maria disse...

Regressada de férias e com tanto para ler...
Devo reconhecer que o comentário da Graça Pires é muito bom e abrangente...

Beijinho com saudades, Luis.